quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Edgar Allan Poe, o contista mestre

  


 Ele foi, realmente, um esplêndido contista e poeta. Edgar Allan Poe (1809-1849), nascido em Boston, Estados Unidos, filho de um casal de atores, ficou órfão muito cedo. Suas obras possuem um estilo de narração muito específico e típico do autor. A grande maioria delas, contos de suspense ou terror. Adquiriu sucesso justamente pela originalidade particular de seus escritos. Ao lê-los, sinto-me envolvida de tal forma que termino o conto rapidamente e logo me vejo terminando o conto seguinte, ao imaginar os limites tão abrangentes da criatividade de mentes como essa, logo embarco para o novo conto, minha nova e breve aventura. Entre os muitos contos de Allan Poe, existe um que exemplifica claramente o gênero predileto do autor, e sua envolvente forma de redigir; ele se chama O coração delator; que conta a estória de um homem que resolve matar um senhor que muito lhe perturbava, pois sempre lhe arrostava com seus olhos claros e grandes, como os de um felino.
     Outro conto do autor, que se chama O sistema do Dr. Tarr e do Prof. Fetter, chama atenção por sua criatividade. Ele conta sobre um homem que resolve visitar um famoso manicômio no sul da França, que lhe desperta a curiosidade ao passar por suas redondezas durante uma viagem. Este asilo para loucos tornara-se famoso por ter adquirido um novo sistema de administração, inédito até então, chamado "sistema suave". Ao visitar o local, lhe é contado sobre o sistema, que foi sim adotado pelo estabelecimento mas logo descartado por sua inconveniência, e o novo sistema que agora estava em rigor era aquele -que funcionava muito melhor, criado pelo Dr. Tarr e pelo Prof. Fetter, ambos célebres estudiosos. Então é convidado a jantar junto aos funcionários e donos do hospício, e se surpreende com o comportamento um tanto excêntrico da parte dos demais convivas, chegando a uma  estranhíssima descoberta ao fim do jantar, que é interrompido pelo arrombamento do aposento pelos presos que se rebelaram...
 Se você, leitor, é um adorador de contos assim como eu, certamente se tornará mais um adepto deste eterno escritor.

                               

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O clássico do suspense, mistério e terror

 Sim, é ele mesmo. hoje falaremos, dele, o clássico da literatura inglesa, O médico e o monstro.  Um dos livros de suspense mais marcantes do século XIX. A trajetória da narrativa, em seus pontos altos de suspense, é muito emocionante, e por vezes, assustadora.
  A história se passa na capital inglesa, e é contada por Mr. Utterson, advogado do célebre Dr. Jekyll; Tudo começa com uma desconfiança de Dr.Utterson a respeito do testamento recentemente escrito por seu cliente, no qual deixa todos os seus bens, no caso de sua morte súbita, para Mr. Hyde, uma figura misteriosa e grotesca, sobre a qual poucos tinham notícias, e que fizera  aparições em cenas de crimes tétricos. Todas as pessoas que o descreviam viam uma característica em comum na figura:

    Ele não é fácil de descrever. Há algo de errado com sua aparência, alguma coisa de desagradável,  alguma coisa realmente detestável. Nunca vi nenhum outro homem a quem detestasse tanto, e devo confessar que não saberia dizer quê. Ele deve ter uma deformidade em algum lugar do corpo, embora não consiga especificar em que ponto. É um homem de aparência extraordinária e, no entanto, não posso apontar nele  nada que seja fora do comum. Não senhor, não tenho pontos de apoio, não consigo descrevê-lo. E não é por falta de memória, pois é como se o visse, agora mesmo.

        Toda a trama é cercada de um clima obscuro, sinistro, que se intensifica conforme Mr. Utterson vai conseguindo pistas e chegando perto de entender o dilema confuso e extremamente pungente de seu colega, Dr, Jekyll, que se afastava cada vez mais de sua vida social e  penetrava em suas angústias causadas pelo ônus da situção sem saída  em que se colocara.

        Quando a  identidade de Edward Hyde finalmente é descoberta, no final do livro, e que todas as peças do quebra-cabeças coletadas Por Mr. Utterson durante o decorrer da história parecem se encaixar perfeitamente, nos revelam a terrível realidade por trás da relação do médico com o monstro.
           

         Leiam quando puderem, e apreciem o brilhantismo da narração de R.L. Stevenson...






quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

"O mágico de Oz", meu conto querido!

Skoob, a rede social para leitores

   Boa tarde, hoje falarei sobre uma rede social, criada em 2009, por lindenberg Moreira,um analista de sistemas. Hoje, ela já alcançou 275 mil usuários.  Ela foi criada com o intuito de reunir as pessoas que se interessam pela leitura e procuram conhecer outros com o mesmo perfil. Lá, pode-se pesquisar sobre qualquer livro, autor ou editora que estejam cadastrados -e não são poucos. Se o livro que procura ainda não foi cadastrado no site- com suas informações, como editora, autor, resenha, capa, título, entre outros- você mesmo pode fazê-lo. Fica aqui como uma dica, ou indicação para todos que estejam procurando ideias para livros novos, opiniões, ou simplesmente conhecer amigos que apreciam esta fonte de informaões e cultura. Para saber mais sobre o site, clique aqui. Para fazer seu cadastro no Skoob, clique aqui. Se já tiver feito seu cadastro e quiser me encontrar lá, clique neste último aqui,-quando entrar na página, coloque meu nome  e estado no quadrinho cinza: Micaela Fernandez Leitão, SC, com foto. E pronto! Se quiser me convidar como amigo, muito prazer!
   Espero que gostem da rede social de leitores, onde podem encontrar muitas coisas interessantes.


"O Sonhador", uma curiosa estória de Ian McEwan

     Olá leitores. Hoje falaremos de um livro diferente, que possui uma curiosa forma de narração, chamado O sonhador, que narra as façanhas de Peter, um garoto que não é bem compreendido pela família, pois vive recluso em seu mundo particular, quase sempre absorto em suas fantasias criativas e sonhadoras. Cada capítulo conta uma nova aventura do menino, de uma forma particular e própria, excepcional. A maioria de suas quimeras consiste em sua própria metamorfose. O próprio autor, no início do livro, escreveu:

Meu intuito é narrar a história de corpos que foram transformados em formas de diferentes espécies

        Vou citar algumas das transformações relatadas na obra: Peter se transforma em adulto, troca de lugar com um bebê, troca de lugar com seu gato.
   Mas, sem dúvida, a melhor das estórias é O ladrão, e gostaria de resumi-la para vocês:

   Na rua em que a casa de Peter estava localizada, iniciou-se uma série de furtos que preocupou seus pais, pois o ladrão seguia pelo decorrer da rua, roubando uma casa após a outra. Então, o garoto resolve criar uma armadilha para capturar o misterioso e ardiloso ladrão. E assim faz. Mas, ao encontrar o larápio, e colocar seu plano em prática, um terrível imprevisto ocorre...
  Gostei muito de conhecer as proezas de Peter, narradas de uma forma tão curiosa e inédita. 


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ó Alice, quem te leu quem te lê!

                                    
           Quem nunca leu, durante a infância, um dos contos fantásticos sobre as aventuras de Alice, escritas pelo brilhante autor britânico Charles Dogson, mais conhecido pelo pseudônimo Lewis Carroll? Os dois contos, Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Através do espelho e o que Alice encontrou por lá, são criativos e singulares. Há um trecho no final da primeira estória, que eu gostaria de citar: 
Ficou ali sentada, os olhos fechados, e quase acreditou estar no País das Maravilhas, embora soubesse que bastaria abri-los e tudo se transformaria novamente em sua insípida realidade...
   Este trecho realmente despertou-me a atenção, por seu amplo sentido. Quantas vezes não tive esta mesma sensação ao terminar um livro no qual a estória me encantou e prendeu em suas tramas, como se fosse eu mesma a protagonista de tal...
   Alice é uma pequena garota, muito curiosa, polida, e cheia de coragem e espírito de aventuras.É notável o modo com que a menina conversa consigo mesma e com suas gatas, interpreta os fatos e coloca sua sabedoria em prática, assim como seus bons modos. A forma  com que seu universo se transforma ao dizer "vamos imaginar que..." é impressionante e criativa -aliás, outra virtude marcante de sua personalidade ímpar. Assim como Alice, as demais personagens também possuem individualidades exclusivas -a maoria delas, chega a ser peculiar- como o chapeleiro louco, Humpty Dumpty, o rei e a rainha de copas, o Coelho Branco, Tweedledee e Tweedledum, entre muitas outras pertencentes a ambos os contos, que convivem com Alice -e conosco- por um breve momento.
   Ao ler as estórias que contam as aventuras da pequena Alice, você irá se encantar com o modo que suas fantasias nos são introduzidas e ficarão perenemente gravadas em suas mentes...




domingo, 11 de dezembro de 2011

"O império dos livros-instituições e práticas de leitura na São Paulo oitocentista"

H oje falaremos sobre um livro novo, recém-publicado pela autora Marisa Midori Daecto, o qual ainda não li, mas hoje mesmo estava lendo uma reportagem sobre o tal, em minha revista de assinatura, a CH, que muito me interessou. Ela dizia: Obra traça perfil de livros e leitores na capital paulista do século XIX. Esta obra documenta as transformações ocorridas na capital paulista que influenciaram a população leitora desde 1825 até 1905. No início, a grande maioria dos livros vinha de países europeus, como Portugal e França, em sua língua original, ainda muito influenciados pelo iluminismo, mas também-significativamente- pela cultura religiosa. Uma pequena parcela do povo era alfabetizada e culta, aqueles que pertenciam às famílias mais ricas tinham oportunidade de estudar no exterior, financiados pela família, voltavam com livros na bagagem. Foi só a partir da última metade do século 19, quando a cidade começou a desenvolver-se mais rapidamente, com a produção de café e o desenvolvimento de atividades na área de prestação de serviços, que mais pessoas tiveram oportunidade de estudos e maior acesso à cultura, e os livros se popularizaram na cidade. Surgiram os primeiros livros traduzidos de seu idioma original para o português, e muitas livrarias e bibliotecas entraram em funcionamento
  Se o tema do livro despertou sua curiosidade, leitor, espero que aprecie sua leitura.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Kim Edwards, em "O guardião de memórias"

    O lá, leitores. Hoje falaremos sobre um  livro que nos apresenta a uma história especial, devido a todas emoções humanas as quais ele nos introduz, com suas delicadezas e complexidades.
    
  Segue um breve resumo sobre os principais fatos que desencadearam na emocionante trama da história. Tudo começa com uma inesperada nevasca no início de primavera, no ano de 1964. Um casal esperava seu primeiro filho. O pai, médico, faz o trabalho de parto acompanhado de sua enfermeira. Ao descobrir que tem gêmeos, e que uma das crianças é portadora de Síndrome da Down, resolve doar o bebê e omitir o acontecido de sua esposa, dizendo que a menina faleceu antes mesmo de nascer. É a partir daí que se inicia a frágil e emocionante trajetória.
  
  Como diz o próprio livro, kim Edwards explora as sutilezas das relações humanas e os dilemas de uma família que tenta seguir adiante apesar de despedaçada. Ao mesmo tempo comovente e perturbador, o Gaurdião de memórias é um livro inesquecível.
   
  O que mais me impressionou no livro foi esse ponto. O modo como o autor explora as sutilezas das relações humanas, o modo como cada uma das personagens esconde ou tenta superar suas mágoas, suas frustações. O desfecho da narração é muito bom. Não pretendo descrever aqui os detalhes ou o desenvolvimento da mesma, pois o meu objetivo principal é o de recomendar o livro para todos vocês,pois sei que não se arrependerão da leitura deste clássico.