domingo, 26 de fevereiro de 2012

Na segunda guerra...

Boa noite, leitores. Hoje será resenhado um livro que fala de uma maneira alternativa sobre o tema da segunda guerra mundial, do nazismo, da exterminação de judeus. Ele é O menino do pijama listrado. O livro narra, de uma maneira especial,o preconceito, as injustiças que foram cometidas, e a infelicidade dos condenados; através da visão inocente de uma criança. Do filho de um militar nazista. O livro é escrito de uma maneira bem simples, de modo que seus focos ficam claros. É incrível a maneira simples com que John Boyne consegue descrever as emoções de todos, as dúvidas de Bruno (o menino, protagonista da trama), sua curiosidade, sua pureza. Aqui vai uma síntese para os interessados:

Bruno era um garoto peralta e feliz que vivia em Berlim com seus pais e sua irma. Certo dia, ao chegar em casa, encontrou a empregada arrumando seus pertences em caixotes. Sua mãe lhe informou que estavam se mudando de casa pelo futuro previsível, pois o pai tinha um trabalho importante para ser feito em uma cidade distante dali. Eles viajam, e ao chegar em seu destino, Bruno se depara com uma casa distante de tudo, sem vizinhança, sem restaurantes ou bares, sem crianças ou companhia, totalmente diferente de Berlim. Totalmente diferente da vida que ele gostava e costumava levar. Da janela de seu quarto, Bruno via uma grande cerca. Uma cerca que não tinha reparado quando chegara ao local. Também de sua janela, lá ao fundo, conseguia ver várias casinhas, onde muitos soldados como aqueles que vinham em sua casa e conversavam com seu pai costumavam frequentar. Além deles, haviam também muitas pessoas que tinham uma expressão sempre triste e vestiam pijamas listrados idênticos entre si. Bruno resolveu descobrir por si só o que havia além da cerca, pois parecia que ninguém era capaz de lhe dar uma resposta sincera. Queria muito descobrir por que somente os soldados frequentavam sua casa, nunca as pessoas com pijamas listrados. Numa tarde ele resolveu seguir pela margem da cerca e descobrir aonde ela dava, descobrir respostas para suas várias dúvidas a seu respeito. Depois de muito tempo caminhando, ele encontra um menino. O menino do pijama listrado, chamado Shmuel, que ele passa a visitar todas as tardes. Bruno passa muitos meses em Haja-Vista (nome de sua residência) e acaba se acostumando com o local. Era a sua casa, afinal. Já havia esquecido de como era sua vida em Berlim, e de seus melhores amigos que deveriam ser para a vida toda. Tinha aulas particulares, seu pai estava sempre trabalhando, sua mãe andava meio tristonha. Mas ele estava feliz por ter conhecido Shmuel, pois apesar de não poderem brincar juntos devido à cerca que os separava, ele era um bom amigo e Bruno passava muito tempo conversando com o garoto. Ele acaba se apegando muito ao menino do pijama listrado. O desfecho é simples, mostra aos leitores que, nos sentimentos e emoções, no sofrimento e na alegria, todos são iguais. As diferenças não existem para serem reprimidas ou ignoradas. Bruno era um menino livre de preconceitos ou malícia. Para ele Shmuel era um igual. Para ele os soldados eram incapazes de causar mal àquelas pessoas. E isso é que nos impressiona e faz refletir, ao finalizar o livro...

Bruno e Shmuel, o Menino do pijama listrado